
Se hoje aparecesse pra você uma lâmpada mágica, qual seria o seu desejo? Talvez depois de ler este texto, você repense sobre seus desejos e quem sabe até descubra que o que você pediria você na verdade já tem.
Expressando os desejos
Desejar é querer algo. Desde que nascemos somos movidos pelo desejo e conforme crescemos aprendemos novas maneiras de expressá-lo. O bebê expressa o desejo por alimento, conforto e segurança através do choro.
A criança ( e alguns adultos) pela imaturidade, ainda não possui formas aprimoradas de expressar o desejo em certos momentos, então muitas vezes chora como o bebê para alcançar os objetivos, fica chateada e expressa através da cara “emburrada” que seu desejo não foi satisfeito esperando que alguém o socorra e o satisfaça.
Adultos com certa maturidade emocional expressam o desejo através de movimentos em direção ao objeto desejado, conscientes de que mudanças no caminho podem ser oportunidades. Chegar a este nível não é por acaso, mas o resultado de um trabalho constante de autoconhecimento, já que estamos sempre em transformação.
Por que você deseja o que deseja?
Independente da forma como expressamos, desejamos porque sentimos falta. Mas quando desejamos sem consciência, o objeto do desejo pode não ser aquilo que nos falta realmente.
Então conquistamos algo e em seguida sentimos que não era aquilo que realmente queríamos, ou a satisfação dura por bem pouco tempo. E assim passamos a vida correndo atrás daquela sensação de plenitude que nunca chega.
Esta busca infinita é explorada por campanhas publicitárias que incentivam o consumo por emoção e usam diversas estratégias para vender ilusões de felicidade através de desejos sugeridos.
Então você passa a desejar a alegria e a confiança que aquele jovem demonstra ao dirigir seu carro novo. Ou o alto poder de sedução e a aprovação de homens e mulheres que aquela jovem recebe através de olhares e suspiros quando balança seus longos cabelos sedosos e brilhantes tingidos pela coloração X. E se frustra quando não alcança o mesmo resultado.
Entender quais as reais motivações por trás de nossos desejos e quais sensações queremos de fato é uma maneira de minimizar momentos em que a insatisfação é sempre presente e deixar de ser influenciado cegamente pelas mídias se tornando um consumidor compulsivo.
O autoconhecimento nos permite questionar a verdadeira razão de um desejo, o que realmente queremos, onde desejamos chegar. Porque pra quem não sabe onde quer ir qualquer (e às vezes nenhum) caminho serve.
Detalhar sem limitar os desejos
Sabendo quais os nossos reais anseios, abrimos mais possibilidades para que sejam concretizados os caminhos que nos levam até eles.
Provavelmente você já tenha lido que precisamos detalhar nossos desejos. Definir detalhes físicos e materiais do que desejamos.
Mas aqui gostaria de enfatizar sobre a importância de definir as sensações que desejamos ter.
Por exemplo: em vez de desejar a vaga de emprego X, na empresa Y, com jornada de trabalho Z, eu desejo “me sentir segura e confortável financeiramente servindo onde eu possa manifestar meus talentos de forma natural e prazerosa e progrida em harmonia com o todo reconhecendo a importância do meu trabalho”.
Percebe a diferença? Não limito minha mente a buscar apenas em uma determinada empresa a realização do que de fato me falta, mas mostro a ela o que realmente desejo para que outras formas de satisfação possam ser desvendadas.
No processo de autoconhecimento, um simples desejo é um terreno propício para descobertas sobre si mesmo.
Quando descobrimos verdadeiramente porque desejamos algo encontramos tudo que já possuímos. Não se trata de não ter ambições, mas de não ser uma máquina de consumo desenfreado que somente alimenta mais distrações e versões irreais de nós mesmos.
E então, o que você deseja?
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