Conheço muitas pessoas que dizem não conseguir meditar. Inclusive, eu já fui uma delas. Começava a música “relaxante” e eu já me sentia irritada e com falta de ar. Eu só queria fugir e abrir logo os olhos.
E hoje estou aqui escrevendo em defesa da meditação. E também coloco aquela música que me irritava nos vídeos das meditações que escrevo.
Por isso, se você tem dificuldade de imaginar o que as frases das meditações sugerem; busca o estado de relaxamento que as pessoas relatam sentir e como resultado encontra frustração, bem como pensamentos que atrapalham, este texto é para você.
Por que meditar?
Talvez meditar não tivesse tanta importância 30 anos atrás. Quando nossa maior distração era a televisão aberta que exibia na madrugada listras coloridas em silêncio. A programação tinha hora para começar e acabar.
Os telefones eram fixos. Portanto, ficávamos inacessíveis. Fotografias só nos momentos muito especiais.
Além disso, não recebíamos tantas ofertas de produtos e serviços. Tampouco tínhamos acesso a tantos “gurus” sobre tudo e sobre nada.
Enfim, a tecnologia evoluiu muito e tenho a impressão de que mais rápido do que nossos cérebros que se agitam com tanta informação, demandas urgentes, opiniões e comentários ao nosso respeito. Uma overdose de “conteúdo”.
Então almoçamos rolando a barra infinita de fotos, vídeos e textos. Como consequência, terminamos o almoço cheios de informações, sem saber ao certo o que engolimos.
Dirigimos mandando e recebendo áudios de conversas inadiáveis e urgentes. E sempre temos uma boa justificativa: um cliente importante, um novo cliente, a escola do filho, o filho querendo saber onde está o par de meias vermelhas. Tudo urgente!
Mas eu me pergunto: como a vida acontecia antes de termos estas ferramentas? Onde estavam todas estas urgências?
O fato é que independente das infinitas reflexões que eu poderia trazer sobre este assunto, eu quero te dizer: nas condições de vida atuais, sim, é muito necessário meditar. Manter o foco em qualquer coisa e eliminar por um instante as multitarefas.
Além disso, lembrar que temos um corpo que respira seguindo o ritmo frenético da vida externa. E que cada célula responde a este ritmo com saúde ou doença, seja física ou mental.
Seja seu guia
Hoje temos muito conteúdo na internet com meditações guiadas. Inclusive também tenho um canal com o mesmo nome deste blog onde publico meditações e mensagens. Você também é bem-vindo por lá. Clique aqui e conheça quando quiser.
Este tipo de meditação traz reflexões, orações, mensagens para você manter o foco por alguns minutos. Dessa forma sua mente se beneficia e descansa do que costuma ver e ouvir.
Mas se as meditações guiadas não estão funcionando por aí, tente sozinho e seja seu próprio guia.
Meditando sozinho
Existem muitas maneiras de meditar sozinho. Vou listar aqui duas formas.
Meditar olhando para uma parede. Pode parecer brincadeira, mas é uma técnica real onde você se senta em frente e olha para a parede como se tentasse ver através dela. Então você deixa os olhos entreabertos e somente observa a sua respiração. Você não precisa forçar o ritmo da respiração, apenas observá-la.
Meditar sentindo as partes do seu corpo. Pode ser feito em qualquer posição. Deitado, sentado, em pé em uma fila. Se você está sentado, você percebe a sensação dos pés no chão, tenta sentir os dedos dos pés, os locais que estão em contato com a cadeira, onde tem pressão, se algo dói, como é a dor, sente o tórax se expandindo com a respiração, a tensão dos ombros, a posição do pescoço, da cabeça, a sensação dos olhos, se estão secos, pesados, doloridos. Você não se pergunta nada, apenas observa. Depois você respira fundo e pronto, você meditou! Sem música, sem guia.
Obstáculos no caminho
Em primeiro lugar, saiba que não tem jeito errado de meditar. Se você tentou, já fez certo!
Pensamentos podem surgir na meditação, é normal. Mesmo pessoas com experiência em prática meditativa ainda percebem pensamentos chegando. O cérebro quer nos manter alerta.
Não desanime quando os pensamentos chegarem. Sem julgá-los, apenas observe e volte para o foco de sua prática.
Olhe com gentileza para você. Você é um aprendiz de uma nova habilidade, que é meditar. Não compare seus resultados dom outras pessoas.
Se você não conseguia manter o foco por 1 minuto e agora consegue, que bom, parabéns! Amanhã talvez você consiga por 2 minutos e assim sucessivamente.
Comece hoje!
Diminuir o estado de alerta de sua mente trará grandes benefícios em seu dia-a-dia. Principalmente em sua produtividade, seu sono, sua alimentação, suas relações.
Tenho certeza que em pouco tempo você terá uma melhor capacidade de concentração, melhor foco, mais bem-estar.
Por fim quero enfatizar que pra isso tudo acontecer você precisa começar. E isto só depende de você!
Ah, e antes que eu me esqueça, quando quiser uma meditação guiada, te espero no youtube! 😉
